quarta-feira, 16 de abril de 2014

Inércia.






Só consigo me resolver, virar a página, quando esgoto minhas palavras, se é que isto é possível. Já não fazia mais sentido enviar mensagens, quando, ao invés de respondê-las com o entusiasmo de antes, "monossilabicamente" inferia-me o seu desinteresse, que dizia ser trabalho, reuniões, almoços, viagens, uma correria desenfreada. Li perfeitamente nas entrelinhas, o que não ousava escrever na pauta da melodia que minha alma desejava executar. 

Quando nossos olhares encontraram-se, poderia jurar que uma química e empatia recíproca se instalara,  mas inexplicavelmente, meses depois, não se encontrava mais disponível o olhar que me aquecia e ao fazer-se presente ao telefone ou respondendo mensagens, era simplesmente a  gentil resposta a  um, "perceba-me aqui, por favor!"  Sem os desejados adjetivos que fazia dançar meu espírito e rodopiar minha alma,  uma formalidade  se impunha a contragosto do meu querer. 

Meu querer absoluto era ter-te,  perder-me nos teus abraços, degustar teu gosto, sentir tua força, tua delicadeza, encontrar-me em prazeres, gozar. No entanto, ele se fora! Deixou-me ao relento dos meus desejos e sequer explicou-se. Não se deve tratar uma mulher assim. Jamais! 

Mulher é sentimento, pele, percepção. Necessitamos ouvir e independente de um sim ou  não, isto na verdade pouco importa, o que importa é perceber que o outro considerou-nos o suficiente para terminar, se iniciou-se algo e não foi a contento no caminhar. Percebemos a magia, vemos suas cores, sentimos seu aroma, mas somos incapazes, com a mesma sensibilidade e  perspicácia perceber que o encanto quebrou-se, embora o intuíamos em nosso mais profundo sentir. Mas o que a intuição? Apenas a percepção direta, clara e imediata de uma possível verdade, sem o auxílio do raciocínio. Isto é ser mulher, ser desprovida da racionalidade, não baseamos nossos sentimentos na razão e na lógica. Razão e lógica é a forma masculina de amar ou desamar alguém, nós, mulheres, transitamos nossos sentimentos em outra "lógica", o que significa que a mesma é o desejo autêntico de que se compreenda que, o que é o óbvio para olhares masculinos, não é tão óbvio assim em nossos espelhos do sentir. 

Nossos espelhos refletem imagens que zombam da razão, que zomba do nossos sentimentos e ficamos entrincheirados, entre um e outro. Na falta de um cuidado maior com o que sentimos ou intuímos, nos ressentimos recolhendo ao nosso âmago, não o encantamento que tirou-nos da nossa mesmice diária e nos fez sonhar, mas o ressentimento provocado pelo descaso que  substantivou-se em tantos compromissos inadiáveis, números que ocuparam o lugar do ser. Nesta roda viva que nos degusta, "cativar" não comporta mais responsabilidade com alguém que cativamos?  Cativamos "aquilo" (entenda-se por trabalho, compromissos, metas) e estes "cativados", tornam-se ABSOLUTAMENTE responsáveis, eternamente responsáveis em prender-nos no imediatismo, na urgência, cumprindo fielmente sua proposta de manter-nos na periferia do que realmente importa. Não giramos mais em torno do nosso umbigo onde se era mais fácil alcançar o outro, embora o "girar em torno do umbigo"  denote a ideia de afastamento, o estar longe do umbigo é, irremediavelmente estar desligado, cortado do que realmente pode fazer-nos bem. Precisamos urgentemente reatar laços, submeter-nos a uma dependência saudável  do outro, das relações, dos sonhos e desejos que farão com que compreendamos de fato a verdadeira essência do que versou  Saint Exupéry, imortalizada no romance: O Pequeno Príncipe: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas".

 Eternamente pode ser  um peso do qual queremos fugir todo tempo. Eu não imputaria um peso deste porte a  nada neste mundo tão efêmero, mas considero parte, desta maneira de pensar ou seja, somos responsáveis  em pontuar e deixar claro, dentro do absolutamente possível, o que sentimos, não sentimos, queremos, não queremos mais. Saia da inércia.

Só consigo me resolver, virar a página, quando esgoto minhas palavras, se é que isto é possível. Já não fazia mais sentido enviar mensagens, quando, ao invés de respondê-las com o entusiasmo de antes, "monossilabicamente" inferia-me o seu desinteresse, que dizia ser trabalho, reuniões, almoços, viagens, uma correria desenfreada. Li perfeitamente nas entrelinhas, o que não ousava escrever na pauta da melodia que minha alma desejava executar. 

Quando nossos olhares encontraram-se, poderia jurar que uma química e empatia recíproca se instalara,  mas inexplicavelmente, meses depois, não se encontrava mais disponível o olhar que me aquecia e ao fazer-se presente ao telefone ou respondendo mensagens, era simplesmente a  gentil resposta a  um, "perceba-me aqui, por favor!"  Sem os desejados adjetivos que fazia dançar meu espírito e rodopiar minha alma,  uma formalidade  se impunha a contragosto do meu querer. 

Meu querer absoluto era ter-te,  perder-me nos teus abraços, degustar teu gosto, sentir tua força, tua delicadeza, encontrar-me em prazeres, gozar. No entanto, ele se fora! Deixou-me ao relento dos meus desejos e sequer explicou-se. Não se deve tratar uma mulher assim. Jamais! 

Mulher é sentimento, pele, percepção. Necessitamos ouvir e independente de um sim ou  não, isto na verdade pouco importa, o que importa é perceber que o outro considerou-nos o suficiente para terminar, se iniciou-se algo e não foi a contento no caminhar. Percebemos a magia, vemos suas cores, sentimos seu aroma, mas somos incapazes, com a mesma sensibilidade e  perspicácia perceber que o encanto quebrou-se, embora o intuíamos em nosso mais profundo sentir. Mas o que a intuição? Apenas a percepção direta, clara e imediata de uma possível verdade, sem o auxílio do raciocínio. Isto é ser mulher, ser desprovida da racionalidade, não baseamos nossos sentimentos na razão e na lógica. Razão e lógica é a forma masculina de amar ou desamar alguém, nós, mulheres, transitamos nossos sentimentos em outra "lógica", o que significa que a mesma é o desejo autêntico de que se compreenda que, o que é o óbvio para olhares masculinos, não é tão óbvio assim em nossos espelhos do sentir. 

Nossos espelhos refletem imagens que zombam da razão, que zomba do nossos sentimentos e ficamos entrincheirados, entre um e outro. Na falta de um cuidado maior com o que sentimos ou intuímos, nos ressentimos recolhendo ao nosso âmago, não o encantamento que tirou-nos da nossa mesmice diária e nos fez sonhar, mas o ressentimento provocado pelo descaso que  substantivou-se em tantos compromissos inadiáveis, números que ocuparam o lugar do ser. Nesta roda viva que nos degusta, "cativar" não comporta mais responsabilidade com alguém que cativamos?  Cativamos "aquilo" (entenda-se por trabalho, compromissos, metas) e estes "cativados", tornam-se ABSOLUTAMENTE responsáveis, eternamente responsáveis em prender-nos no imediatismo, na urgência, cumprindo fielmente sua proposta de manter-nos na periferia do que realmente importa. Não giramos mais em torno do nosso umbigo onde se era mais fácil alcançar o outro, embora o "girar em torno do umbigo"  denote a ideia de afastamento, o estar longe do umbigo é, irremediavelmente estar desligado, cortado do que realmente pode fazer-nos bem. Precisamos urgentemente reatar laços, submeter-nos a uma dependência saudável  do outro, das relações, dos sonhos e desejos que farão com que compreendamos de fato a verdadeira essência do que versou  Saint Exupéry, imortalizada no romance: O Pequeno Príncipe: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas".


 Eternamente pode ser  um peso do qual queremos fugir todo tempo. Eu não imputaria um peso deste porte a  nada neste mundo tão efêmero, mas considero parte, desta maneira de pensar ou seja, somos responsáveis  em pontuar e deixar claro, dentro do absolutamente possível, o que sentimos, não sentimos, queremos, não queremos mais. Saia da inércia.

3 comentários:

  1. Comentário de Márcia Fernandes Vilarinho Lopes em 4 outubro 2013 às 20:06
    (Transcrito da minha página, na Casa da Poesia que foi desativada.)

    Absolutamente claro. Absolutamente sincero. Absolutamente doído. Absolutamente poético. Beijos

    ..

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  2. Comentário de Irene Duarte em 7 outubro 2013 às 1:40
    (Transcrito da minha página, na Casa da Poesia que foi desativada.)

    Deu pra sentir que é um momento muito especial... uma experiência única e que precisa ser compartilhada para tornar a vida mais leve. Parabéns pelo sincero e bem elaborado texto.
    Beijoss
    .

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  3. Pero el Dr. Itua, practicante de hierbas tradicionales en África, ha curado el VIH/cáncer que se extrae de algunas hierbas raras. Tiene un gran potencial para curar el SIDA y el cáncer al 100% sin ningún residuo. La medicina herbal del Dr. Itua ya ha pasado varios blogs sobre cómo usa sus poderosas hierbas para curar todo tipo de enfermedades como. Herpes, VIH, enfermedad de Cushing, insuficiencia cardíaca, esclerosis múltiple, hipertensión, cáncer colo_rectal, diabetes, hepatitis, VPH, erección débil enfermedad de Lyme, cáncer de sangre, enfermedad de Alzheimer, cáncer de cerebro, cáncer de mama, cáncer de pulmón, cáncer de riñón, vih_ sida ,Herpe ,Copd,Glaucoma., Cataratas,Degeneración macular,Enfermedad cardiovascular,Enfermedad pulmonar.Próstata agrandada,Osteoporosis.Enfermedad de Alzheimer,

    Dementia., Wart Remover, Cold Sore, Epilepsy, también su sistema inmunológico de refuerzo a base de hierbas. Te digo esto porque él usa su medicina herbal para curarme de la hepatitis B y el VIH, que he estado viviendo durante 9 meses sin efectos secundarios. La medicina herbaria es igual de buena cuando la bebo, aunque tengo que usar el baño después de beberla, lo cual realmente no me importa porque solo quiero sacar el virus de mi cuerpo. Recomendaré al Dr. Itua a cualquiera que esté enfermo. ponerse en contacto con el Dr. Itua con la siguiente información.

    Correo electrónico...drituaherbalcenter@gmail.com /
    Tienda web https://drituaherbalcenter.com/shop/
    Es posible que tarde en responder porque siempre está ocupado con las patentes, pero seguramente se pondrá en contacto con usted con una respuesta positiva.

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Seu comentário muito me honra. Sinta-se em casa.

Agradecida,

Vitalina de Assis.