quinta-feira, 22 de maio de 2014

Resgate.





Sentiu um rubor na face que avaliou ser um sentimento de vergonha pelo o que acabara de fazer, mas como livrar-se da alegria pelo feito? Como impedir que sua pele eriçasse de embriaguez e por prazeres não mais contido? Poderia considerar este feito uma vitória? Um resgate de si mesma?

Lembrou-se de sentimentos que queriam ilha-la a todo custo, da dor que cortava a sua alma e negava toda e qualquer incidência solar sobre suas trevas. Que luz e brilho incidiam sobre si? Questionava seu estado de espírito agora visivelmente alterado.

Não carregava e nem pesava sua alma. Estava leve, flutuava. Dizia-se feliz. Rompera afinal? Que limites e privações lançava para longe de si? Decidiu não pensar. Apropriou-se de uma vitória, talvez momentânea sobre males e dores. Não pensaria, importar-se tampouco. Decidiu redigir sua historia de liberação.