Sentiu
um rubor na face que avaliou ser um sentimento de vergonha pelo o que
acabara de fazer, mas como livrar-se da alegria pelo feito? Como
impedir que sua pele eriçasse de embriaguez e por prazeres não mais
contido? Poderia considerar este feito uma vitória? Um resgate de
si mesma?
Lembrou-se
de sentimentos que queriam ilha-la a todo custo, da dor que cortava a
sua alma e negava toda e qualquer incidência solar sobre suas
trevas. Que luz e brilho incidiam sobre si? Questionava seu estado de
espírito agora visivelmente alterado.
Não
carregava e nem pesava sua alma. Estava leve, flutuava. Dizia-se
feliz. Rompera afinal? Que limites e privações lançava para longe
de si? Decidiu não pensar. Apropriou-se de uma vitória, talvez
momentânea sobre males e dores. Não pensaria, importar-se tampouco.
Decidiu redigir sua historia de liberação.