quinta-feira, 22 de maio de 2014

Resgate.





Sentiu um rubor na face que avaliou ser um sentimento de vergonha pelo o que acabara de fazer, mas como livrar-se da alegria pelo feito? Como impedir que sua pele eriçasse de embriaguez e por prazeres não mais contido? Poderia considerar este feito uma vitória? Um resgate de si mesma?

Lembrou-se de sentimentos que queriam ilha-la a todo custo, da dor que cortava a sua alma e negava toda e qualquer incidência solar sobre suas trevas. Que luz e brilho incidiam sobre si? Questionava seu estado de espírito agora visivelmente alterado.

Não carregava e nem pesava sua alma. Estava leve, flutuava. Dizia-se feliz. Rompera afinal? Que limites e privações lançava para longe de si? Decidiu não pensar. Apropriou-se de uma vitória, talvez momentânea sobre males e dores. Não pensaria, importar-se tampouco. Decidiu redigir sua historia de liberação.

3 comentários:

  1. Tem momentos que é melhor a gente não se cobrar tanto e fazer o que temos que fazer. Um belo texto,Vitalina! bjs,

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    1. Querida Anne e que preço ainda pagamos porque via de regras, somos a cobrança em pessoa. Entretanto chega o dia e acredito que para todas nós, em que o nosso eu passa a merecer mais carinho e respeito. Então, como nesta imagem maravilhosa, nos dobramos e resgatamos nossa essência perdida ou esquecida.

      Bjs.

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  2. Apenas Palavras, nunca serão meras palavras. Sabes bem usá-las. Fiquei lisonjeada e muito me orgulho por tê-lo transitando livremente por aqui. Sinta-se em casa, ok?

    Obrigada.

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Seu comentário muito me honra. Sinta-se em casa.

Agradecida,

Vitalina de Assis.